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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

37. O amor e a morte



O amor tem o poder de dar a vida ou a morte.
Sim, quando este sentimento romântico se instala em seu coração
Sente-se uma enorme dor que lhe faz chorar junto a uma imensa alegria
Que passa ser o motivo de seu respirar
Dá-se a pessoa amada total poder sobre o seu ser
Ele se torna para ti tão importante quanto teu corpo para tua alma
O coração fica indefeso, sem chances
Por não ter anticorpos adequados
O coração não tem proteção para o primeiro amor
Adoece e logo de cara vêem-se os primeiros sintomas;
O primeiro é a alucinação, em cada rosto, em cada detalhe existe seu amante
O respirar requer seu cheiro...
A pele requer seu toque suave...
Os ouvidos necessitam sua voz calma e segura
Os olhos... Carecem em busca daquele olhar em devolutiva
Os lábios ficam quentes e úmidos, a espera de seus beijos
Pobre coração, não pertence mais a sua alma!
O amor romântico e toda sua entrega
Tornara-o moribundo, dependente de seu hóspede.
O amor não corespondido é o maior causador de infartos
Podendo muitas vezes levar a óbito.
Todos nós corremos esse risco
É uma doença discreta e sagas;
Pessoas expõem-se a ela propositalmente, existindo assim o perigo do encontro
E quando dois corações se hospedam, mutuamente, coexistindo
O amor se torna a cor, a dor
O sabor do toque da vida. 


A. C. Franz