terça-feira, 27 de setembro de 2011
29
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
28.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
27.
Hoje, eu acordei com medo
E isto é normal
Estranho é o dia em que eu acordo
Pensando que tudo é perfeito
Estranho é achar
Que o vidro vale
Vale como um cristal
Estranho é achar que a água
Voa por entre o mal
Que as pedras se moldam com o calor do sol
Estranho é ser igual
Entre tantos seres individuais
Meu sonho vem a realidade
O produto do meu subconsciente
Desce ao presente
Este sonho
Esta psicose
E o mundo é perfeito então
Onde estão os erro?
Alguém aqui erra?
O meu mundo é perfeito
E todos nele são
Criados por minha mente
Suas formas me encantam
É tudo tão inevitável
É como a morte de uma abelha
Sem seu ferrão
É tudo imutável
Estão me seguindo
Estão querendo ver os meus rins
Estão me secando
Querendo sentir meu coração
Seco, pedindo fluidos
Eu corro e corro
E o caminho se estreita
O caminho esta terminando
O mundo esta correndo em meus pés
E tudo, tudo
Esta se partindo ao meio
Tudo esta caindo
Há destroços por todos os lados
Braços e pernas
Vocês estão vendo?
Vendo o que eu vejo?
Tudo esta acabado
Mas lutam para ajuntar os cacos
Com as mãos
Cortam-se ainda mais
O sangue esconde os pedaços da destruição
Mergulhão a procura da cura
E afogam-se na loucura.
A. C. Franz
segunda-feira, 4 de julho de 2011
26.
Violão
Tu nunca serás
Apenas mais um
Sinto-o
Através do apertar de cordas
De arrastar de dedos
Do bater em ritmo
Tu és como um coração
E este corpo o faz útil
A cada batida
A cada veia percorrida
Você fornece a força
Do pulsar em ritmo, esperança
Tu és o meu caminho
Tu me escancara a todos
Abre-me em dois
Demonstra todas minhas vísceras
Faz-me essencial
Transforma-me em um palco de horrores
Deixa o publico abismado
Pois não compreendem
O meu real...
Tu estas
Tremendo em ritmo
Gemendo em meus dedos
O sentimento batido
Que se fez escondido
O dedilhar de uma lagrima
Muito bem escutada
Raramente compreendida
Violão, tu nunca serás
Apenas mais um
Carrega-me junto a ti
Tu me possui
Conhece-me a alma
Traz marcado em seu braço
Os traços
Dos meus sentimentos
Por ti, roubados
Somos apenas um
Pertencemos um ao outro
Morremos através dos anos
Tememos ao tempo
Que corre, desliza
Através dos dedos
Por entre nossas trastes.
A. C. Franz
domingo, 3 de julho de 2011
25.
Não tenho certeza de nada
Você possui o direito de questionar
E eu o direito de ignorar
Não me concederam o direito de saber todas as respostas
Roubaram-me as linhas tortas
Trancaram-me dentro
E fora do armagedon
Dizendo que o muro já é a escolha
Eu falo que o muro favorece a quem esta vencendo
Mas isto não quer dizer que ele interfira nos fatos
Ele sempre estará ali, seja sim ou não
Sem se importar, ignorando os fatos, vivendo apenas materialmente
Não me pergunte nada, procure pelas respostas
Esqueça que a vida, que a minha vida, cruzou com a sua
Segue a estrada, o rio que desce
A montanha que emana a água
Que sai de suas veias
E transborda em adrenalina
Com o blues nos olhos
E a guitarra batendo e gritando
Gemendo de dor, na sola de seus dedos.
A. C. Franz