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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Pensando-me;

Pensando-me;

Notei que apenas estou como mais uma moeda

Tire a sorte, e veja, é cara ou coroa;

Eu estava pensando ontem, quando voltara para casa

E comecei a sentir uma vertigem

Um medo de perder-me, de mudar e não ser mais como sou hoje

Comecei a me auto questionar, logo, entrei em um consenso comigo mesma;

Estou como apenas mais uma moeda entre tantas

Eu posso virar a cara ou a coroa

Eu posso estar doce ou amarga

E tudo depende da sorte que é lançada;

Penso que nunca serei um exato de somas

Que serei sempre a sorte que se é lança;

A sorte depende de um todo que me é infiltrado

Através dos sentidos

Ou através do que meus neurônios captam pelo que lhes foi fornecido

A sorte nada mais é do que uma preposição a algo, mais ou menos favorável

Que de nada é mística ou predeterminada

Não é nada mais do que, as causas da vida cotidiana, a aprisionar-me dentro de mim mesma

Não permitindo-me exprimir ao mundo meus reais pensamentos, meus reais desejos, meus reais sentimentos

Viro ao lado que melhor se adéqua a aquela peça, o teatro nunca termina

Há quem o veja de longe, há quem se auto questione e faça criar nós em suas mentes

Há também os que admitem a tudo e não notam a existência da sorte, e de seus dois lados

Tendendo ao extremo;

É difícil se equilibrar uma moeda; o subjetivo

Ela dificilmente se encontra em pé, em equilíbrio com os dois lados

O racional é incrivelmente destacado como sendo o belo e o correto

Mas ele não existe sem o outro lado

O sentimental é expresso ao extremo

Sendo difícil controlar racionalmente a ele, causando assim dor e falta de entendimento em um contexto

É difícil se conseguir guiar entre os dois lados

É difícil assimilar a sorte

Que se é lançada e se deita a um lado, muitas vezes sem a consciência do fato.

A.C.Franz

quarta-feira, 1 de junho de 2011

24.

A amizade é como um castelo de cartas

Necessitasse de muitas cartas para montá-lo

Paciência e cautela para empilhá-las

E no fim se torna um belo e frágil castelo

Mantenha as janelas e portas trancadas

Proteja de intrusos desavisados

Para que não pisem ou batam

Para que não chacoalhem o chão, a mesa, ou o porão

A amizade é frágil, é feita de papel

Desmancha na água e desmonta com um assopro

As cartas são leves, de fácil manuseio

Mas conforme a amizade vai crescendo

A delicadeza e a intimidade vão crescendo

As cartas multiplicam-se astronomicamente

A vista do topo é difícil

Mas a base, ela ainda é vulnerável as mesmas coisas do principio

Os castelos de cartas se desmancham com o vento.


A. C. Franz

23.

Amigo,

É o irmão que se escolhe

Não existem melhores irmãos

São sempre irmãos

A distancia não separa

Nem o tempo apaga

As marcas da alma

Os dias que a sanidade perde espaço

Que a loucura nos faz entrar em um mundo novo

Faz-nos ser feliz, feliz de novo

A felicidade é no momento

Mas a lembrança deste momento

Sempre trás a tona a esperança

De estar de novo no tempo

Do presente se achar no passado

De o esquecido ser lembrado

A amizade, ela não pode ser traduzida em palavras

Mas com certeza, é um dos sentimentos mais nobres

Mais belos e raros de ser encontrado

Muitos pensam que amigos são aqueles

Que nos fazem rir, que nos apóiam para tudo

Mas eu falo que o real amigo, é aquele

Que em meio a um tédio interminável

Olha-te, e no mesmo momento

O riso vem à cara e tudo mudou

Vocês se pegam então

Falando qualquer coisa

Sobre nada

Rindo pelo simples fato

De estar com seu grande amigo irmão ao lado.


A. C. Franz