Pensando-me;
Notei que apenas estou como mais uma moeda
Tire a sorte, e veja, é cara ou coroa;
Eu estava pensando ontem, quando voltara para casa
E comecei a sentir uma vertigem
Um medo de perder-me, de mudar e não ser mais como sou hoje
Comecei a me auto questionar, logo, entrei em um consenso comigo mesma;
Estou como apenas mais uma moeda entre tantas
Eu posso virar a cara ou a coroa
Eu posso estar doce ou amarga
E tudo depende da sorte que é lançada;
Penso que nunca serei um exato de somas
Que serei sempre a sorte que se é lança;
A sorte depende de um todo que me é infiltrado
Através dos sentidos
Ou através do que meus neurônios captam pelo que lhes foi fornecido
A sorte nada mais é do que uma preposição a algo, mais ou menos favorável
Que de nada é mística ou predeterminada
Não é nada mais do que, as causas da vida cotidiana, a aprisionar-me dentro de mim mesma
Não permitindo-me exprimir ao mundo meus reais pensamentos, meus reais desejos, meus reais sentimentos
Viro ao lado que melhor se adéqua a aquela peça, o teatro nunca termina
Há quem o veja de longe, há quem se auto questione e faça criar nós em suas mentes
Há também os que admitem a tudo e não notam a existência da sorte, e de seus dois lados
Tendendo ao extremo;
É difícil se equilibrar uma moeda; o subjetivo
Ela dificilmente se encontra em pé, em equilíbrio com os dois lados
O racional é incrivelmente destacado como sendo o belo e o correto
Mas ele não existe sem o outro lado
O sentimental é expresso ao extremo
Sendo difícil controlar racionalmente a ele, causando assim dor e falta de entendimento em um contexto
É difícil se conseguir guiar entre os dois lados
É difícil assimilar a sorte
Que se é lançada e se deita a um lado, muitas vezes sem a consciência do fato.
A.C.Franz
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