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sexta-feira, 9 de março de 2012

31.

Trancar a respiração
O oxigênio transformado em gás carbônico dentro de mim
Ser a barreira entre um novo e o velho
Esperar que tudo passe
Estrangular o nada
Para que nada se torne
Fechar os olhos
E pensar que nada é
Nada tem
Nada existe
Esquecer
É apenas uma membrana separando você do mundo
Tapar os ouvidos
E ouvir ruídos
Explosões e bombardear de um turbilhão de coisas
Tentar anular o fato de sua consciência estar consciente de tudo ao seu redor
Calar frente a verdade
Esconder atrás da carne
Fingir não ser, fingir não sentir
Fingir, fingir e fingir
Somos todos ótimos atores!
Aplausos para nossos desejos podados
Aplausos para a farsa que tudo se tornou
Aplausos a nossa vida artificial
Um brinde ao eu coisa que sou. 
A. C. Franz

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