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domingo, 10 de abril de 2011

2.

Somos o que queremos ser

Então, criaremos asas

E planaremos com o vento

Pegar carona em um pensamento

Às vezes eu só queria ser

Como o ar

E que não pudessem me ver

Mas que sentissem a minha presença

Sinto, não estou amando

As luzes se apagaram

Roubaram as velas

Encadearam as portas

E fecharam os olhos

Negaram a existência

Mas a solidão é a força

Para um sentimental sem esperança

A solidão é o lar

É o guia, é a luz e a alegria

Ela nunca o trairá

E jamais o abandonara

Às vezes entre uma multidão

Ela é a única que o vê

Que o sente

Em sua verdadeira forma, em sua essência

Jurou lhe presença

Sem uma sentença

Um prato a mesa

Faca, garfo e a sobremesa

Pronto para servir-se

Com toda a solidão

Que ninguém pode roubar

Entre tantos é a única que estará lá

Ela estará do seu lado

Até o dia em que suas narinas

Cansadas do ar, fartas da vida

Se entregarem.


A. C. Franz

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