Pages

quarta-feira, 13 de abril de 2011

4.

Tenho tantos amigos quanto os dedos das mãos

Crescem como um câncer e se multiplicam

Sem lugar para ir, vem à superfície

Venham todos, achem a luz e o ar que eu respiro

São tantos amigos, cada qual com seus trejeitos

A máscara de sempre, às vezes bordada de inocência

Ou gratidão, sinceridade

Nada de meias palavras

Vamos direto ao ponto

Amigos não existem

Somente temos pessoas com pensamentos aceitáveis

Ao nosso lado, mas não por nós

Esqueça o para sempre

Esqueça o amor, eu não amo ninguém

Esqueça as promessas, elas são somente algumas palavras

Só acredito em documentos assinados a sangue

Não me peça confiança

Não queira que eu tenha algo que você não tem

Esqueça-me, estou aqui por mim, por mais ninguém

Coloco-me em primeiro lugar

Não sejam como alguns poucos vermes

Que se aproximam para tirar proveito

Do pouco que sobrar

Não queiram a sobra, do que não lhes pertence

Calem a boca, parem de falar por um instante

Escute-me, mas não tente me entender

Você não seria capaz

Nunca entenderiam uma mente psicótica feito a minha

Você é só mais um

Um que vai querer me achar legal o bastante para ser amiga

Como mesmo? Amiga?

Não, meu querido, amizade sem interesse... Ela

Não existe, nem em contos de fadas, pois:

“O príncipe só salva a princesa

Pois assim tem seu reinado duplicado.”

A. C. Franz

0 comentários:

Postar um comentário