Tenho tantos amigos quanto os dedos das mãos
Crescem como um câncer e se multiplicam
Sem lugar para ir, vem à superfície
Venham todos, achem a luz e o ar que eu respiro
São tantos amigos, cada qual com seus trejeitos
A máscara de sempre, às vezes bordada de inocência
Ou gratidão, sinceridade
Nada de meias palavras
Vamos direto ao ponto
Amigos não existem
Somente temos pessoas com pensamentos aceitáveis
Ao nosso lado, mas não por nós
Esqueça o para sempre
Esqueça o amor, eu não amo ninguém
Esqueça as promessas, elas são somente algumas palavras
Só acredito em documentos assinados a sangue
Não me peça confiança
Não queira que eu tenha algo que você não tem
Esqueça-me, estou aqui por mim, por mais ninguém
Coloco-me em primeiro lugar
Não sejam como alguns poucos vermes
Que se aproximam para tirar proveito
Do pouco que sobrar
Não queiram a sobra, do que não lhes pertence
Calem a boca, parem de falar por um instante
Escute-me, mas não tente me entender
Você não seria capaz
Nunca entenderiam uma mente psicótica feito a minha
Você é só mais um
Um que vai querer me achar legal o bastante para ser amiga
Como mesmo? Amiga?
Não, meu querido, amizade sem interesse... Ela
Não existe, nem em contos de fadas, pois:
“O príncipe só salva a princesa
Pois assim tem seu reinado duplicado.”
A. C. Franz
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