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quinta-feira, 21 de abril de 2011

7.

Estou sentada com o meu cachimbo

A ouvir um disco

Bob Dylan, diz-me:

“Por onde quer que andem

E admitam que as águas

Á sua volta aumentaram

E aceitem que logo

Estarão cobertos até os ossos.”

É tudo árido, minha cadeira de balanço quebrou

Os pássaros, engasgarão-se com a semente

O terreno não é tão fértil assim

Então pare, fume um você também

É só uma vida em cem

Você é mais um em um milhão

Que fumará até ver as cinzas

O chapéu tapando os olhos

Árido, o ar esta seco em mim

E pare, esse é o tempo?

E pare, é só mais um cachimbo

E á vida é uma lagrima

Na folha da bromélia

Em meu sangue

Seco, a falta de água

Cactos em toda parte

A cadeira de balanço quebrou

E tudo de novo e de novo

E com as mãos no tempo

Segura os segundos

Com o vento levando meu chapéu

Os olhos ao sol

E meu disco na vitrola

Estou sentada com o meu cachimbo

A ouvir um disco,

Bob Dylan, diz-me:

“Por onde quer que andem

E admitam que as águas

Á sua volta aumentaram

E aceitem que logo

Estarão cobertos até os ossos.”

É só uma vida em cem

Você é mais um em um milhão

Que vai fumar até ver as cinzas

Os pássaros engasgarão-se com a semente

O terreno não é tão fértil assim

Então pare, fume um você também.



A. C. Franz


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